Fitoterapia

 

A Fitoterapia é uma especialidade das Terapêuticas Integrativas/TNC” e faz parte integrante da Lei 45/2003.

A fitoterapia é um método terapêutico que utiliza as plantas, a parte activa das plantas.
A sua origem é conhecida desde tempos remotos. A arqueologia refere textos escritos há mais de 4000 anos, com descrição das suas propriedades medicinais.

As plantas foram durante muito tempo o único tratamento oferecido pela natureza ao homem.

Os medicamentos “clássicos” e “químicos”, são frequentemente colocados em oposição à fitoterapia.

Existe, contudo, lugar para cada um deles no arsenal terapêutico.

É verdade que a farmácia “clássica” se destacou durante quase um século, com os excelentes resultados que permitiu obter em numerosos domínios, todavia foi, pouco a pouco, permitindo o aparecimento de efeitos secundários indesejáveis, por vezes mesmo nefastos, que incitam à prudência.

Existem dois tipos de medicamentos:

  1. Os medicamentos “de doença” de acção rápida e poderosa ajuda a curar;
  2. Os medicamentos “de saúde”, de acção suave que ajudam a prevenir e simultaneamente a tratar.

A eficácia da fitoterapia tem muito a ver com a escolha das plantas que entram na sua composição e, sobretudo em escolher com a maior  precisão possível qual a parte mais activa da planta.

Na parte activa da planta encontram-se substâncias em baixas quantidades que conferem as propriedades terapêuticas. É necessário proceder à extracção destas substâncias, concentrá-las com o objectivo de obter o efeito terapêutico desejado.

O Homem durante séculos, limitou-se a colher as plantas com uso medicinal no seu estado selvagem.

A colheita de plantas com uso medicinal, obedece a regras muito rigorosas:

  1. Escolha da espécie botânica que seja mais rica em substâncias activas;
  2. Escolha criteriosa da região no que respeita ao solo e clima mais adaptados ao bom desenvolvimento de cada planta;
  3. Selecção dentro de cada região, de terrenos isentos de poluição;
  4. Necessidade de um controle das culturas, com a finalidade de garantir a ausência de elementos agrotóxicos.
  5. Após a recolha, necessidade de verificar que a conservação deve ser adaptada a cada planta de modo a preservar a sua actividade

Por fim as plantas são analisadas segundo técnicas modernas:

  1. Verificação do teor em substâncias activas;
  2. Verificação da ausência de pesticidas.

As substâncias activas de uma planta medicinal são componentes existentes ness mes planta que conferem uma actividade terapêutica.

Numerosos medicamentos contêm substâncias activas extraídas de plantas.

A cumarina, substancia encontrada no Meliloto é um anti-coagulante presente em muitos medicamentos. Torna-se então necessário proceder a uma extracção que permita isolar a fracção activa da planta,  separando os seus elementos inactivos.

Tradicionalmente as plantas eram consumidas sob a forma de infusões. A planta é colocada em água quente durante 5-10 minutos, permitindo às substâncias activas serem extraídas e dissolvidas, o que permitem  serem melhor assimiladas pelo organismo. São as velhinhas tisanas.

Os Chineses preferem a decocção em que a plantas é mantida em água á ebulição.

Actualmente a extracção faz-se por meio de um solvente adequado, nem sempre a água é o mais apropriado.

O método inicia-se com a criotrituração. O processo consiste em pulverizar uma parte activa da planta seca, triturando-a  a frio sob azoto líquido, a exactamente -196ºC. Obtém-se, assim, um pó (pó integral) perfeitamente fino e homogéneo. A criotrituração é utilizada porque não deteoora, as vitaminas, as enzimas, as substâncias voláteis e numerosos princípios activos.

Um pó integral (toda a riqueza da planta) assim obtido poderá ser posto directamente em cápsulas.

Existem situações em que após proceder à extracção dos componentes activos,somente no final é que é colocado o extracto em cápsulas.